sábado, 27 de agosto de 2011



Cheguei à pouco do café com as amigas. Nos poucos metros entre a casa e o local onde nos separamos, pensei em tanta coisa... Pensei nos comentários espontâneos "andas a mil", "precisas de abrandar"... Pensei nas saudades de Madrid, que começam a assolar... A agitação das ruas, a agitação da noite, das "corridas" para Atocha, do fugir da confusão, do cruzar-me com tanta gente desconhecida que estava ali e vive pelo mesmo que eu, da alegria dos outros países, das viagens de comboio, de metro, do encostar um pouquinho a cabeça e sentir um porto seguro naquele que caminha comigo... Esta noite senti saudade disso... Senti-me parada, demasiado parada nesta correria que outros veêm a mil... Senti saudade daquela "independência" responsável, daquela liberdade entrecortada pelo susto, da adrenalina da distância e do sentir perto... Hoje senti Madrid, como cidade de contraste, mas um contraste são, um contraste agradável. Assim como o choque térmico estimula a circulação sanguínea, o contraste de Madrid estimulou este querer estar fora, estando dentro... O querer partir e ficar... O querer andar a mil de forma ponderada...

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