quarta-feira, 27 de abril de 2011

Um Jantar para as 3!


Ambiente de trabalho :P

quarta-feira, 20 de abril de 2011

"Onde o caminho do vento se cruza com o caminho das estrelas"... Toma a tua cruz e segue-Me!!




"E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes o que hás-de escolher, não te metas por uma ao acaso, senta-te e espera.. Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraia, espera e volta a esperar.
Fica quieta, em silêncio e ouve o teu coração. Quando Ele te falar, levanta-te e vai para onde Ele te levar!" (Susana Tamaro)


"É que parecendo que não, aquela cena deve doer um bocado..."


Sim, "aquela cena" dói um bocado... E, quando "aquela cena" é carregar a nossa própria cruz, dói um bocado bem grande. Rápido deixa de ser só o peso da cruz, para se acrescentar o peso de cada fraqueza, de cada derrota e assim, a cruz torna-se mais pesada.
Dói, quando essas fraquezas, quando a falta de paixão me leva a caminhar na sombra da Luz... Dói quando nego... Dói quando me cubro daquilo que não sou, daquilo que não quero ser... Dói quando desiquilibra... Dói quando caminho sem saber quais são os meus objectivos para continuar... Dói o peso das decisões...

Mas é bom de doer, porque nessa dor, sabe-se que também há luz, também há suporte, há sacríficio, há a vontade de procurar uma visão melhor, menos turva do mundo. É bom de doer quando caminhamos com uma mochila às costas cheia das nossas vidas... Quando carregamos o "passaporte" das nossas etapas cumpridas... Quando carregamos o "guia" que nos leva à meta seguinte... Quando carregamos as "cinzas" da certeza de um caminho inacabado, porque nos impele a ir mais longe... É bom quando alguém nos ensina que, quando os trilhos são mais tortuosos, devemos olhar para o chão e dar um passo de cada vez...

Quantas vezes caminhamos na escuridão para não vermos o que temos de mal? No entanto, não vemos onde pomos os pés, não vemos por onde, nem para onde caminhamos. E a Luz veio ao mundo, mas o Homens continuam a preferir as trevas... Continuam a preferir não caminhar firmemente e a não ser outro Cristo... Continuam a preferir a ilusão de serem grandes heróis por fazerem grandes asneiras e serem os deuses de si mesmos...

Até que ponto tenho a coragem de olhar bem fundo a minha vida, identificar as asneiras e o sofrimento que delas advêm para mim e para os outros? Até que ponto me sacrifico por alguém?

E, quando penso que sofro, lembro-me de Cristo? Daquele que carregou a maior cruz, a mais pesada? Aquele que deu a vida por mim, para que eu hoje seja também o Seu rosto? Lembro as Suas palavras: "Pai, se for possível afasta de Mim este cálice!"? Lembro que Ele aceitou carregar também a minha cruz?

Quando penso que sofro, toma agora a comparação da necessidade de ir ao oftalmologista e sem decorar as letras dos testes de visão, aceitar uma forma de ver melhor, de ver para além do que antes alcançava. Toma a comparação de aceitar que a vida é dom e não um objecto que possuo por um período de tempo indeterminado. Toma a comparação de aceitar fazer silêncio, apesar de nem sempre ser o mais fácil.

Deus só nos dá a cruz que conseguimos carregar.
De que forma, interpreto a cruz? Como algo que escraviza? Ou como algo libertador?
Dizia S. Paulo que "Pela graça de Deus, eu sou o que sou". Assim, é a minha cruz. A minha cruz sou eu própria. Carregar a minha cruz é suportar o peso das minhas escolhas e decisões, é dizer "Sim" à vida que escolhi, é interrogar-me e viver à procura de respostas, aceitar o "eu" que nem sempre é o reflexo do que queria, é aceitar o desafio de Deus a cada dia.

Deus não carrega esta cruz por mim, carrega-a comigo!! É esta a verdade que quero manter próximo. É sob esta verdade que quero construir a torre da minha vida! É a partir de cruz que quero iniciar um caminho. É a esta verdade que quero entregar o meu esforço! É a partir desta verdade que quero ir, não ao fundo com a vida, mas ao fundo da minha vida.

Mas será que tenho a coragem de ir mais fundo?

«Te agradeço pela cruz que me desafias a carregar a cada dia. Obrigado pelos obstáculos que vais colocando no meu caminho, que me esforço por ultrapassar. Obrigado por Te manteres próximo e por permitires que a minha fé seja firme e seja enraizada em Ti. Sê vida e alimento em cada um de nós, manifesta-te nos nossos corações e não deixes que nos tornemos cristãos desapaixonados.
Fica comigo. Abre-me o coração para que eu viva apaixonada por Ti e saiba orientar e equilibrar a torre da minha vida a partir de Ti. Que eu me deixe invadir de confiança e tenha a coragem de mostrar-Te ao mundo nas minhas palavras e atitudes, deixando cair as minhas máscaras.»

sábado, 16 de abril de 2011

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Jean Piérre

Esta semana, foi uma semana cheia de episódios estranhos, engraçados, como diria uma professora de História de Arte do secundário "muito exóticos!". E quando penso nesta questão do exostismo, da mistura, consigo, perfeitamente, adequá-la a esta semana.

Foi toda uma mistura de sensações. Alegria, entusiasmo, desânimo, irritação, confusão...

Hoje fizeram-me uma pergunta um bocado deslocada, sem estar, minimamente, à espera. Um colega de turma, que conheci no início do ano lectivo, perguntou-me:
"- Lili, és minha amiga?".
Ele já tinha feito esta pergunta a outros colegas, que numa de gozo ou, sei lá, de parvoíce lhe responderam que não. É verdade, que ele não é propriamente o tipo de pessoa que fale sempre a sério ou que tomemos como verdade tudo o que sai da sua boca. Mas aquela pergunta que caiu ali no meio daquela insólita aula de geometria soou a sincera e eu repondi "Sim!". No entanto, fiquei a pensar numa coisa que me disseram há dias: "Dentro de uma sala de aulas não há amigos" e, às vezes, quando olho à minha volta, quer nas aulas teóricas, quer nas aulas práticas, nem sempre vejo lá o confortável rosto de amizade... Mas consigo vê-lo nos nossos momentos Ice Cream Break, nos cafézinhos na esplanada da FA, nas horas de almoço partilhadas e nas escapadelas e intervalinhos das aulas. Claro que toda regra tem excepção!

Isto, associado a todos os episódios da semana e a algo que li sobre semáforos deixou-me a pensar...
Deixou-me a pensar que tudo é passagem. A vida é passagem. Mas se tudo é passagem, porque é que nos apegamos às coisas, às pessoas?

A Marioneta escrevia que quando o semáforo fica verde, pensamos:
"Uhuh!! ´Bora lá avançar! É a NOSSA vez!"

É a NOSSA passagem. Mas quando vivemos apegados a pessoas, não pode ser só a NOSSA vez, a MINHA vez!
Seria estranho, rídiculo até, que ao ficar verde, esperássemos e déssemos passagem aos outros, aos que se encontram no mesmo cruzamento que nós. Decerto os que circulavam atrás de nós não iam ficar muito satisfeitos... Quando "levamos" alguém connosco, esse alguém passa a ser importante. A NOSSA vez, a MINHA vez passa a ser também a SUA vez. E aí, a noção de que tudo é passagem fica distorcida...

Fiquei a pensar "Felizmente, existe o STOP!!" O Pára, Escuta e Olha. Aquele que dá oportunidade às vezes de todos e nos ensina a caminhar juntos.

Esta semana, foi também a semana de ver partir os amigos rumo às praias da linha de Cascais. Foi semana de ficar a ver o sol pela janela do quarto enquanto projectava, desenhava, estudava para a frequência. Foi semana de me irritar com as colegas de casa que ainda troçaram: "Lili, tens a certeza que não queres vir à praia connosco?", "Vamos sair, tens a certeza que não queres vir?" --'

Foi semana de entusiasmo pelas micro férias que aí vêm. Foi semana de desânimo por ver o trabalho acumular-se e instalar-se na confusão do quarto. Quarto este, que não é, literalmente, os cerca de vinte metros quadrados que partilho com a Sara.

Foi semana de ver crescer maquetes e spa's aqui por casa e nos estiradores da faculdade.

Foi semana de acontecimentos insólitos.
Daqueles que chegam e à semelhança de Um Maior, se fazem pequenos, mas no fundo, vêm cheios de si, das suas "verdades", do seu mundo, de relativismos e contrariedades. Daqueles que nos trazem a Luz e saem saciados. Aqueles que tanto querem partilhar que esquecem os outros e esquecem onde estão e esquecem que outros e que o sítio onde estão precisam de silêncio. Por esses, já que pelas ruas de Lisboa não anda decerto só aquele que agora conhecemos, desejo-lhes que Lhes fales ao coração e que deixem que ele se abra para que vivas junto deles.

Foi semana de me deixar invadir por ritmos e por permitir-me recordar que o ritmo se aproxima e que, com ele, se aproxima o cheirinho à "nossa" casa, se aproxima o sabor bom do Amor, o sabor bom da palermice, o encanto dos abraços, o encanto das palavras, o encanto de ser-se com verdade.

Desejo que Te mantenhas próximo, para que eu saiba viver na Tua verdade, na verdade da oração, na verdade do Teu caminho.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Porque Desenho é...







Estática e movimento!
Superficialidade e pormenor!
Linhas e borrões!


Assim é também a vida!!

Porque somos mãos ao serviço!

sábado, 9 de abril de 2011

Fé, Forte, Faz!



A Fé faz-te forte?

Eu sou firme na fé!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A Ressurreição de Lázaro

No capítulo onze do Evangelho de S. João, deparamo-me com algumas frases-chave que me podem ensinar a viver a fé de uma forma mais firme, mais enraízada.

«Senhor, aquele que amas está doente.». A minha fé permite-me acreditar que Jesus não ama só aquele doente, não ama só Lázaro. Ama-nos a todos. Ama-me e, por isso, criou-me. Ama-me com as minhas “doenças”. E, numa breve comparação, revejo as minhas “doenças” em cada Evangelho da Quaresma. A doença da tentação, tal como Jesus fora tentado no deserto; a doença do não reconhecimento do Transfigurdo em certos momentos da minha vida, como no Evangelho da Transfiguração; a doença sequiosa d’Ele, da fonte de vida, como nos mostra a Samaritana; a cegueira perante o Filho de Deus que havia de vir ao mundo, como o Cego de nascença; a morte para a luz do mundo, como no episódio da Ressurreição de Lázaro, que tratamos neste Domingo. Ele ama-me, apesar de tudo isto. E, ainda assim, faz como fez a Lázaro (“O nosso amigo Lázaro está a dormir, mas Eu vou lá acordá-lo”), acorda-me, sendo que Ele é Ressurreição e Vida. Como nos diz o Evangelho, quem crê Nele, mesmo que tenha morrido, viverá. E, todo aquele que crê e vive Nele, não morrerá para sempre.

Quando sinto que Ele me acorda, quando O sinto trazer novas avalanches à minha vida, lembro-me da citação “Desperta tu que dormes!”, sinto-O dar-me um abanão e dizer-me “Desperta dessa escuridão, desse caminhar sem luz. Desperta desse tropeçar e caminha. Caminha direito na Luz do mundo”. Também neste Evangelho de S. João, encontro uma relação com este depertar, quando Jesus diz aos judeus “Desligai-o e deixai-o andar”.

“Senhor, onde moras? Vinde e vede.” Aqui, são os judeus que convidam Jesus “Vem e verás”.

O Senhor deixa-se conduzir por este “Vem e verás”. No entanto, essas poderiam ser, exactamente, as Suas palavras, «vinde e vede, sê-de testemunhas da ressurreição». No fundo, este caminhar do Messias rumo ao sepulcro de Lázaro é, também, um convite. Um convite a testemunhar a Sua glória.

Maria chora, os judeus choram, o proprio Cristo chora. Maria chora pela tristeza da separação inevitável. À sua semelhança, também nós choramos. Por muito grande que seja a nossa fé, a implacável ideia de morte não pode deixar de tocar-nos e transformar-nos, lembrando a nossa condição mortal.

Mas por que chora Cristo? Aquele que derrama lágrimas como os mortais é Aquele que, ao mesmo tempo, derrama sobre eles, uma vez mais, o Espírito que dá a vida! Então, “Felizes os que choram, porque serão consolados.” Consolados pelo amor que vem de Deus, do Cristo ressuscitado, do Cristo que liberta e dá vida, através do Espírito.