segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Hoje [e só hoje], porque pus os phones significa que não quero ouvir ninguém...

Flyleaf - All Around Me


"Orienta a tua vida", disseram-me. A minha vida está orientada. Eu quero viver isto, esta correria, este cá e lá, este frenesim que me faz sentir viva!! Quero sentir que tenho os pés bem fincados na terra e que assento os meus ideais em Cristo... Quero sentir o quente...Hoje, tenho uma pergunta que me inquieta, que me está deixar um nó na garganta indesembaraçável... Afinal, qual é a vontade de Deus para cada um de nós? Estarei a cumprir a Sua vontade? Ou estarei a afundar-me apenas em mim, apenas no que me traz prazer momentâneo, falsidade? Não é isso que eu quero... Eu quero apaixonar-me! Apaixonar-me pelo que é de Deus e pelo que é dos Homens! Quero tomar decisões apaixonadas! Quero, como nos diz Pedro Arrupe, "encontrar Deus; ou seja apaixonar-se por Ele de um modo absoluto, até ao fim."... Quero que a paixão deixe marca, quero que faça diferença em mim, nos que amo, no mundo!! Será pedir muito? Será pedir demais? Será pedir demais que se preocupem comigo, se estou feliz, aliás, se sou feliz em vez de questionarem apenas os meus resultados? Será pedir demais que aprendam a abraçar com amor? Será pedir demais que demonstrem que amam? Gosto de pensar que na dúvida o ser humano cresce. Gosto de pensar que na minha pequenez, sou digna deste Amor tão grande de Deus. Gosto de pensar que sou, orgulhosamente, Filha!
Sinto-me a viver cada vez de forma mais planeada e menos espontânea... Não me sinto, totalmente, livre como gostaria... Sinto-me amarrada a horas, a explicações! Isto entristece-me. Entristece-me que não seja capaz de sair à procura de respostas, que me limite a isto, ao que está próximo, sem olhar mais longe... Entristece-me a limitação... Entristece-me, tantas vezes, não saber quem sou, nem o que quero, nem qual é o meu lugar no mundo!!
Eu quero ter razões fortes que me façam sair da cama na manhã seguinte, quero perceber que depois de me levantar, continua a haver caminho para fazer, algo por que lutar e muito para aprender... E, de uma coisa tenho a certeza, é que tudo isto tem uma identidade que quero conhecer mais e melhor!! Tenho a certeza que quero levar esta Identidade para a minha vida, quero mostrá-La, quero que se revele em mim, nas minhas atitudes, no meu rosto, no meu olhar! Quero que me faça sentir viva!!
Hoje [só hoje e talvez alguns outros dias], porque ponho os phones significa que não quero ouvir ninguém, significa que quero manter-me, assim, em silêncio, significa que quero recolher-me no mais profundo de mim e arrumar. Arrumar o que tenho deixado espalhado, arrumar os rascunhos que tenho deitado ao vento, arrumar o que tem ido com a corrente, para que possa remar contra a corrente!

domingo, 30 de janeiro de 2011

668

668. Quem é que nunca gravou um ficheiro no computador com um nome aleatório apenas por preguiça? É uma pergunta parva, sim é! Pessoalmente, faço-o imensas vezes e quando quero encontrar alguma coisa é o caos... No entanto, 668, não é exemplo de um título dado ao acaso. Nada é por acaso. [Ou quase nada...]

Passaram, exactamente, 668 dias. De quê? Digamos que... de várias primeiras impressões :)

Hoje, senti que devia fazer uma partilha especial. Especial para os que "de longe" me têm seguido, os que ganharam "a sua vez" na minha vida...

Decerto, já sentiram necessidade de uma preparação prévia para algo que sabemos que vai acontecer, algo que sabemos ser difícil. Muitas vezes, sinto isso, essa necessidade de me preparar, de me disponibilizar para a mudança que pode chegar, mesmo sem eu dar conta. E, tenho-me apercebido que também é necessária uma preparação, uma adaptação à realidade que deixámos...
Pode soar mal e/ou parecer estranho o que vou escrever a seguir, mas não sou capaz de vos negar ou de ocultar este facto. O que soa mal no meio de tudo é que eu gostei desta sensação de hoje. Quando cheguei, esperava-me uma casa vazia, silenciosa, sem a agitação das múltiplas perguntas habituais, sem a correria ou o mau humor ou as risadas de três companheiras, ou mesmo sem o aconchego da família. Normalmente, não gosto de estar sozinha. Afinal quem gosta? Mas hoje, soube mesmo bem chegar e não haver nada deste habitual... Soube bem poder ter a tal [re]adaptação ao que, no fundo, de alguma forma, deixei para trás...

"Não vivas no oitenta", disseram-me hoje. Sabem, tem sido difícil viver no cem cá e no cem lá e, ainda que não queira avaliar por bitolas humanas, não sinto que seja justo viver cinquenta/cinquenta, porque acabo por não me dar toda eu por completo. Ao viver no oitenta, a discrepância é ainda maior...

Eu gosto de paragens, gosto de balanços e confirmei que gosto do sol de inverno...

"Tu porém, quando orares, entra no teu quarto mais secreto e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai" (Mt 6, 6).

Dois dias, cumulados de graças, tenho dito.

Em comentário espontâneo, justifiquei o meu funcionamento muito por imagem, por aproximação de exemplos, por metáforas, como um "sintoma" de ter estudado artes. É importante aprofundar o olhar e conseguir aproximações costuma ajudar-me a estar atenta.

Como sabem, ando, constantemente, munida de uma "saca". Orgulhosamente, a minha saca :D Desde um caderninho onde faço apontamentos, desenhos, rascunhos a colheres de café, fitas métricas e tudo o que seja "necessário" na mala de um projecto de mulher, existe também uma carteira muito desarrumada... Há uns tempos, adoptei a máxima de "arrumar o palpável, para arrumar a vida", mas nem sempre é assim. E, como postei, anteriormente, a minha carteira conta uma história de crescimento, pessoalmente, muito interessante.
Dei comigo, ontem à tarde, durante uma hora de MPZero, a pensar o que poderia mudar na minha vida. Não, não! O que TENHO de mudar na minha vida. E, como já me disseram, até mais que uma vez, é que tenho de ser sensível à sensibilidade dos outros. Peguei por aí. Quero mudar essa insensibilidade.

Em Julho, numa Vígilia de Oração, foi-me entregue uma pedra. Esta simples pedra, escondia uma metáfora, os corações de pedra. O meu coração de pedra. Adivinhem onde guardei a pedra... Exacto, na minha carteira!
Ontem, foi necessário recorrer a essa pedra. Foi necessário revê-la e [re]tocá-la, aperceber-me que este coração, que apesar de ter sofrido transformações e de considerar que já abri algumas fenestrações, ainda se mantém frio, ainda se mantém de pedra.
Entre um sol tímido de inverno, um vento que teimava em despentear-me e umas nuvens que cobriam o fim de tarde, dei por mim, primeiro, estacionada a um canto, com um caderno aberto e algumas linhas escritas e, no momento seguinte, a vaguear de um lado para o outro, atenta à pedra que, agora, saltava nas minhas mãos, atirando-a uma e outra vez ao ar, repetidamente. Recorrendo, uma vez mais, a metáforas: Sendo esta pedra o meu coração endurecido, é isto que lhe faço? Brincar com ele? Correr o risco de o deixar cair? Acreditem, isto deteve-me... E lágrimas correram... E crepitaram, novamente naquele dia, as palavras de S. Paulo: "Quando sou fraco, então é que sou forte". Entre "fungadelas" percebi que não era isto que queria e, quando levantei o olhar, à minha frente, erguia-se uma oliveira. Aproximei-me. Por consequência da chuva recente, havia uma espécie de musgo escorregadio agarrado ao tronco. A casca da árvore, apesar da textura rugosa e do aspecto duro e como que impenetrável, quando apertado com força na mão fechada, partia, não triturava! Só partia. Não funcionará também assim com a insensibilidade? Ainda que ela não se reduza a pó, será que não se parte com esta facilidade? Com um pouco mais de abertura de coração? Com um pouco mais de amor e de humildade?

Esta experiência que, agora, junto ao meu "currículo" de experiências de Deus, foi muito... Táctil? Não sei se é bem a palavra que serve nesta situação.
Táctil, talvez, porque tenho aprendido muito com os gestos, porque adquiro, visualmente, este Amor, porque com gestos posso retribui-lo, porque pelos gestos torna-se mais fácil dar voz ao mais insurdecedor de mim...

E, hoje, é Domingo! Dia do Senhor portanto, dia de alegria! Pegando em pequenos pormenores, hoje, senti-me, realmente, alegre. Como primeiro pensamento do dia, ainda de olhos fechados e meio a dormir, surge: "No príncipio exitia o Verbo. O Verbo estava em Deus. O Verbo era Deus" e saio para o banho. Já acordada, com a consciência de um novo dia começado, abro a porta da casa de banho e canto "O Reino de Deus / É um Reino de Paz, Justiça e Alegria / Senhor, em nós vem abrir / As portas do Teu Reino". Entre a agitação das músicas, dos acordes na viola (que, desta vez, pareceram fluir mais e melhor), nos risos e nos sorrisos, chegou mais um MPZero e chegou o meu momento zen :P

Como dizia, já muito lá atrás, confirmei o meu gosto pelo sol de inverno. Desta vez, pedia-se, à luz da oração, um compromisso e uma avaliação. O alcatrão estava morno em consequência do tal sol que, hoje, dia da alegria, brilhava animado lá bem no alto. Pensei "Como me sabe bem este 'conforto' do sol" e, sem hesitar, deitei-me no chão e deixei-me ficar quase uma hora, mas não fiz silêncio... Talvez, houvesse demasiadas vozes a gritar dentro de mim. Talvez, hoje, não fosse dia de arrumações interiores. Em vez disso, cantei. Porque quem canta seus males espanta e reza duas vezes e mais outra coisa que agora não me lembro... Cantei vezes e vezes sem conta, as Pegadas na Areia. As pessoas à minha volta, não deixaram de passar, também não lhes passou despercebida a minha forma de oração. Afinal, o mundo não estava parado, eu é que decidira parar no mundo! E, hoje, nada me soube melhor que isso e que os abraços dos que amo.

Agora, dirigindo-me, directamente, a vós e vós sabeis quem sois... Admiro-vos. Oh, vocês sabem-no. É toda esta alegria que vos torna novos. É por toda esta vida e vivência que têm que não vos atribuem vinte e nove, trinta e dois, trinta e sete ou outros anos... Parecem-me e, talvez tenha sido a maioria das minhas primeiras impressões, uns autênticos miúdos. No bom sentido, claro! Porque sabem ser alegria e amor à luz de Cristo e no mundo dos Homens. Admiro-vos e, particularizando um pouco: a uma porque pode ser mil e uma pessoas e mantém-se autêntica; a outra porque é uma palerma tão inconfundível que pronto :D; a outra porque, apesar de pequenina, lhe reconheço um sentido de humanidade brutal; a outra que tem gostos um bocadinho diferentes dos meus, mas quando comparamos certos aspectos, somos iguais e também porque está a ficar palerma; a outro porque sabe os impropérios quase na sua totalidade de cor e salteado e de tudo faz uma piada; a outro por abraçar constatemente, pela energia e pelo ritmo; a outro porque quando se lhe dá uma viola para as mãos faz magia e é tão uou ver aquele brilho nos olhos; e a outro por ser guia, pelo apoio, pelo suporte, por ser, como li há dias, "ramo em flor"...

Se houvesse um medidor de amor, seria complicado, na medida em que vos amo sem medida e desculpem a redundância e a lamechiche, se calhar é mesmo demasiado Espírito Santo na água das Irmãs, mas é isto que sinto. Sinto-vos família.

Obrigado :')

sábado, 22 de janeiro de 2011

"More Coke - One Time Blind"



Encontrei [quase] por acaso...
Este vídeo deteve-me em duas questões importantes.
Primeiro, as propriedades da Coca-Cola, o seu valor energético, presente na cafeína. Quererá Deus mostrar-nos que não devemos deixar-nos adormecer perante os outros, perante o mundo?
Segunda questão. A vontade de Deus eram apenas 240ml, porquê querer mais que a sua vontade? Por que não respeitá-la?

Como Ele nos diz: Enquanto não conserguirmos ver além disto, só veremos uma lata de Coca-Cola...

Pára! Escuta! Olha!

"Pára!
Alguém quer falar contigo.
Não adianta fugires, andando inquieto sem saber o que alcançar.
Permanece onde estás, para poderes perceber de onde vem o apelo.
Onde quer que estejas, o Senhor fala-te.
MAS, PÁRA!

Escuta!
O mundo que te rodeia está cheio de barulho.
Ouves muitas vozes, muitos ruídos.
Deus está nele, mas tu não O consegues ouvir.
A sua voz ecoa dentro de ti, mas não te apercebeste ainda.
Ele pede-te silêncio. Quer falar-te no íntimo do teu ser, no coração.
Tu só conseguirás ouvi-lo, se calares os ruídos que te estorvam,
Aumentando o volume do teu silêncio, e sintonizares o som que vem de Deus.
MAS, ESCUTA!

Olha!
Não com os teus olhos, mas com os de Deus.
Este olhar está no teu coração.
Só o conseguirás, limpando o que está nublado,
Porque “o essencial é invisível aos olhos”!
MAS OLHA!

Pára! Escuta! Olha!

Deus está em ti, habita no teu coração e ama-te.
Ao parares, irás receber:
O Pai, que não está só nos céus, mas em ti.
O Filho, que deseja uma profunda comunhão contigo,
Que só se inicia quando tu permitires.
O Espírito Santo, que fez fluir o amor.
Ao escutares, irás saborear:
O Pai, que é Amor.
O Filho, que é Fidelidade.
O Espírito Santo, que é sabedoria.
Ao olhares, irás contemplar:
O Pai, que te sustém no teu viver.
O Filho, que te ajuda a descobrir a entrega por amor.
O Espírito Santo, que te conduzirá à vida plena de graça e verdade.

Pára! Escuta! Olha!
Ele está aqui à tua frente.
Abre-Lhe o teu coração."

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

"Lord, you catch me when I'm falling"

E, hoje, outra vez...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O Primeiro Projecto




Planta de Piso
 
  


Alçado Lateral Direito



Alçado Posterior



Alçado Lateral Esquerdo






Alçado Frontal


Apesar de não me andar a deixar muito orgulhosa, nem muito feliz, não deixa de ser o meu primeiro projecto...

E quando tudo parece ter deixado de fazer sentido?

Há uns tempos alguém, como quem tenho aprendido muito, disse-me "Os artistas tendem sempre a dramatizar as coisas".

Lá ressurgem os 'probleminhas' que nos consomem e não passam disso, de probleminhas e não deixam espaço para as grandes questões...

E quando tudo parece ter deixado de fazer sentido? E quando não amamos? E quando ainda não amamos? E quando ainda nem descobrimos o que é o amor? E quando queremos avançar e lutar e algo nos prende?

Hoje, foi um dia cinzento, por entre as nuvéns aparecia, ocasionalmente, o sol. Hoje, estive assim "cinzenta" com rasgos de alegria que ao cair da noite se desfizeram e com a escuridão, vieram as dúvidas.

Porque, hoje, foi dia de partilhas importantes, obrigado*

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

AGORA É A MINHA VEZ de portfoliar :P

Há horas que publiquei este título como estado do Facebook. A ideia era: publico e vou ao blog publicar também... Acontece que passaram horas, literalmente, a portfoliar e a ver crescer a quantidade de projecto para acabar. Alguém durante uma chamada telefónica me dizia "Calma, ainda é quinta-feira..." e eu, stressadamente, respondi "E AMANHÃ JÁ É SEXTA!!", mas pronto o projecto há-de ser finalizado, pela manhã, bem cedo!

AGORA É A MINHA VEZ de portfoliar noutro lado :P

Ontem, comentei um certo e determinado blog, onde apresentei a seguinte perspectiva "Eis que podemos comparar a nossa vida a uma caixa de correio electrónico!"

Como isto pode ser verdade... Quem não conhece a metáfora e o clichet da história do comboio comparado à vida que é habitual 'chover-nos' na caixa de entrada do telémovel durante as passagens de ano!? Confesso que este ano não a recebi, felizmente!
Não deixa de ser, como direi, comovente...? toda a comparação das carruagens com não sei o quê da vida, as entradas e as saídas, com os amigos e bla bla bla...
Se pensarmos (e não precisa de ser muito :P), mais facilmente, comparamos a vida a uma caixa de correio electrónico e ainda somos vistos 'in' por recorrermos às modernices da tecnologia!!

E porquê uma caixa de correio electrónico? 
Porque na vida há, realmente, entradas e saídas, como a caixa dos mails recebidos e dos mails enviados.
Porque na vida, também deixamos coisas em stand-by, como nos rascunhos.
Porque organizamos a nossa vida, como que por pastas.
Porque a nossa vida é cheia de contactos...
Porque na nossa vida também temos coisas indesejadas, como os mails correntes. Com a diferença que, por mail, normalmente, apagamos ou pelo menos, não reenviamos e na vida real não temos a possibilidade de fazer Delete, não temos uma caixa de lixo electrónico onde possamos 'armazenar' o que não nos é aprazível.
Depois, há as caixa de correio electrónico que ficam entupidas com publicidade, com newsletter, notificações de redes sociais, garantias de prémios, entre outros. Alguém, recentemente, me fez ver que a nossa vida é, muitas vezes, entupida com probleminhas que não nos deixam ver além deles... Mas aí também encontro uma diferença entre o correio electrónico e a vida. No correio electrónico já há a possibilidade de aumentar o armazenamento das caixas, enquanto que na vida, há a tendência de aumentar o tamanho dos probleminhas e dar-lhes toda uma importância que eles não têm. Toda essa dramatização faz com que encha e não despeje. Ao contrário da caixa que vai ganhando mais espaço...

A questão do espaço, também é algo importante a considerar!
E, não querendo lembrar dos apontamentos perspécticos que tenho de fazer de toda uma área envolvente de um abrigo, entenda-se por espaço, o valor que damos às coisas. A importância que damos a certos "mails" da nossa vida... Quantas vezes já rejeitámos ao "ler" o assunto por pensarmos que pudesse se mais um daqueles corrente que recebemos, inconvenientemente? Na vida, alguns, não podemos reenviá-los, nem fazer Delete. Se Alguém os coloca no nosso caminho é porque tem de ser e há que respeitar essa vontade. Afinal, é a vontade de Alguém superior. Alguém que tem uma lista de contactos infinita e que nos manda "mails" todos os dias e que, mesmo não sendo correntes, espera que os reencaminhemos sempre, de forma a dar-mos conhecimento do Amor tão grande que nos une aos nossos contactos!

Pensemos nisto!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O Pequeno Parafuso

«No casco de um grande navio havia um pequeno parafuso, minúsculo e insignificante, que juntamente com outros, também pequenos e insignificantes como ele, ligava duas vigas de aço.
Durante uma viagem no meio do oceano Índico o pequeno parafuso decidiu que era tempo de acabar com essa sua existência obscura e mal paga. Passados tantos anos nunca ninguém lhe tinha dito «obrigado» pelo que fazia. Disse então para consigo:
-Vou-me embora! Está decidido!
Os outros parafusos disseram:
-Se tu vais, também nós iremos!
De facto, logo que o parafuso começou a mexer-se no seu buraco, também os outros começaram a movimentar-se.
E cada vez mais.
Os pregos que seguravam as tábuas do navio protestaram:
-Assim também nós somos obrigados a deixar o nosso lugar…
As vigas de aço gritaram:
-Por amor de Deus, parai! Se ninguém nos segura, é uma tragédia!
A intenção do pequeno parafuso de deixar o seu lugar propagou-se de repente por todo o imenso casco do navio.
Toda a estrutura, que antes enfrentava as ondas com tanta firmeza, começou a vacilar penosamente e a tremer.
Foi então que todas as vigas, as ferragens, as tábuas e os parafusos e até os pequenos pregos decidiram mandar uma mensagem ao parafuso para que renunciasse ao seu propósito.
Disseram-lhe:
-O barco afundar-se-á e nenhum de nós voltará a ver a sua pátria.
O pequeno parafuso sentiu-se orgulhoso com estas palavras e descobriu imediatamente que era muito mais importante do que pensava. Então mandou dizer a todos que permaneceria no seu lugar.»





Um parafuso seria louco demais, no entanto, é de salientar que me habituei a transportar na mala uma fita métrica, daí advém a necessidade de ter uma mala enorme e que até já tem uma alcunha ("Saca") :P
Este pequeno grande parafuso, embora ignorado contribui à sua maneira para que o navio possa navegar. Acabou por sentir-se grande na sua pequenez.
Nós, enquanto seres humanos, somos diferetnes, mas cada um tem uma missão única a realizar neste mundo ao longo da sua existência. E todos, sem excepção, somos importantes.
Já tomámos consciência desta missão que temos de cumprir? Será que já descobrimos qual é?
Ainda que saibamos que, mesmo antes da nossa existência, já existíamos nos sonhos de Deus e ainda que isso nos reconforte, que deixe marca e que nos faça sentir confortáveis, a nossa missão não se fica por aí. Não fica pelas questões que colocamos, não fica pelas vezes que não saímos à procura de respostas, não fica só em louvores, ou só em orações. Sejamos um bocadinho mais que isso, estejamos um pouquinho à frente disso. Sejamos um pouquinho mais a cada dia...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Multiplicação

Estava eu a pensar o que seriam, hoje, os meus "Sagrados 10 minutos", quando recebi a notificação do Evangelho Quotidiano.

Do Evangelho de S. Marcos:
Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e teve compaixão deles, porque eram como ove-lhas sem pastor. Começou, então, a ensinar-lhes muitas coisas. A hora já ia muito adiantada, quando os discípulos se aproximaram e disseram: «O lugar é deserto e a hora vai adiantada. Manda-os embora, para irem aos campos e aldeias comprar de comer.» Jesus respondeu: «Dai-lhes vós mesmos de comer.» Eles disseram-lhe: «Vamos comprar duzentos denários de pão para lhes dar de comer?» Mas Ele perguntou: «Quantos pães tendes? Ide ver.» Depois de se informarem, responderam: «Cinco pães e dois peixes.» Ordenou-lhes que os mandassem sentar por grupos na erva verde. E sentaram-se, por grupos de cem e cinquenta. Jesus tomou, então, os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e dava-os aos seus discípulos, para que eles os repartissem. Dividiu também os dois peixes por todos. Comeram até ficarem saciados. E havia ainda doze cestos com os bocados de pão e os restos de peixe. Ora os que tinham comido daqueles pães eram cinco mil homens.




Sabem o que é que este Evangelho de hoje me fez lembrar!?
O nosso repartir do pão durante a missão. Aquele gesto simples que me deixou ainda mais apaixonada. Tal como há uns dias atrás, algo me fez recordar a missão e querer voltar, hoje, depois de um dia cansativo, também me apeteceu, simplesmente, voltar. Voltar ao quente. Às noites quentes do Verão, ao quente da família e ao quente dos amigos, que são irmãos a caminhar. Voltar ao quente das partilhas, ao quente dos acordes, ao quente dos sorrisos, ao quente da palermice (e acabei de receber um ataque de palermice da Pulga!! :P). Apetece (re)voltar ao quente dos abraços, dos reencontros e dos 'Amo-te'!

Porque é que tão mais especial a cada dia que passa?

Deixo-vos duas perguntas que reli à pouco tempo:
Já alguma vez foste verdadeiramente feliz?
Já alguma vez fizeste alguém realmente feliz?