sábado, 27 de agosto de 2011



Cheguei à pouco do café com as amigas. Nos poucos metros entre a casa e o local onde nos separamos, pensei em tanta coisa... Pensei nos comentários espontâneos "andas a mil", "precisas de abrandar"... Pensei nas saudades de Madrid, que começam a assolar... A agitação das ruas, a agitação da noite, das "corridas" para Atocha, do fugir da confusão, do cruzar-me com tanta gente desconhecida que estava ali e vive pelo mesmo que eu, da alegria dos outros países, das viagens de comboio, de metro, do encostar um pouquinho a cabeça e sentir um porto seguro naquele que caminha comigo... Esta noite senti saudade disso... Senti-me parada, demasiado parada nesta correria que outros veêm a mil... Senti saudade daquela "independência" responsável, daquela liberdade entrecortada pelo susto, da adrenalina da distância e do sentir perto... Hoje senti Madrid, como cidade de contraste, mas um contraste são, um contraste agradável. Assim como o choque térmico estimula a circulação sanguínea, o contraste de Madrid estimulou este querer estar fora, estando dentro... O querer partir e ficar... O querer andar a mil de forma ponderada...

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Hemos vuelto llenos!



Si, es verdad. Hemos vuelto!

Viagem, expectativas, animação e, finalmente, Madrid!
Uma semana bem cheia de tudo... De peripécias, de sustos, de cansaço, mas, sobretudo, cheia de amor, cheia de atenção e dedicação aos que caminham connosco...

Senti que, em Madrid, aconteceu muita magia. Senti o poder do amor de Deus actuar e tornar-se cada vez mais visível, mais fácil, mais firme. Senti em cada olhar, sorriso e palavra uma manifestação desse amor. Senti como é bom continuar a crescer ao lado daqueles que partilham comigo toda a magia. Senti o longo caminho que ainda há a percorrer...

Em Madrid, soube bem a dureza e a simplicidade. Soube bem a dureza do cansaço que contava a história de mais um pedaço de caminho. Soube bem a simplicidade de ver a entrega de outros e lembro a exposição da Madre Teresa. Souberam bem as lágrimas que cairam ao aperceber-me da grandeza do beato João Paulo II, no espectáculo do Wojtyla. Souberam bem os hinos, os salmos, os cânticos, as leituras breves e as preces da oração de vésperas no nosso cantinho do telheiro em Colón. Soube bem meter-me na confusão para ficar apenas mais próxima. Soube bem cada partilha. Soube bem orar pelos outros. Soube bem cuidar deles. De certa forma, começou a saber bem o pó do aeródromo, a chuva, os contratempos, pela união que se criou. Soube bem o darmos as mãos e rezar o Pai Nosso e apeceber-me da enormidade da Igreja que me acolhe em cada dia. Soube bem cada abraço da paz, cada promessa "Estou aqui, sempre!". Soube muito bem estar.

Assim, vejo Madrid, sob um olhar bem palerma que deixa muitas histórias gravadas, muito para contar, muito para saborear... Assim, recordo Madrid, com um largo sorriso quando penso na luz que fomos e somos uns para os outros, cada vez mais...

Obrigado*

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Mochila aviada, rumo a Madrid!!



Depois de uns dias na praia, de um fim-de-semana alargado em missão, de mais duas semanas na praia e três ou quatro dias em casa, está, novamente, a mochila aviada a postos para seguir para Madrid...

Muito há para dizer, muito há para escrever, mas é no silêncio que tudo é mais saboroso... É no silêncio que o amor ganha cada vez mais forma... E, apercebi-me que amo cada vez mais...
Tem sido um tempo bem especial e os mais próximos sabem-no e, de certa forma, saboreiam comigo este doce que Ele me deu, o doce que tem permitido preencher as horas e os dias...

Obrigado, Senhor, por Te manifestares, pelos Teus milagres, pela Tua providência :)