sábado, 26 de fevereiro de 2011

[Peniche, 2011]

Voltei ao mar :)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Diário Gráfico e Santidade

João Potes, por Lili Nabais
[Desenho mais decente de início de segundo semestre]


Esta semana, dizia-nos a nossa professora de Desenho que "o Diário Gráfico é algo íntimo, um extensão do nosso corpo"...
Além do desenho, sinto que as palavras também são uma extensão de mim própria. Este blog é extensão do verdadeiro eu. Daquele eu que nem sempre mostro ao mundo.
Esta semana, foi mesmo, nem sei... De regressos? De [re]conhecimentos? De desassossego?
Foi tempo de [re]conhecer os outros, foi tempo de falar de beleza, de atracção, de santidade...

O que é que nos atrai? O que é que me atrai?

Sorrir atrai-me. Os abraços atraiem-me. A palermice atrai-me. A beleza atrai.

E o que é a beleza? Voltamos a velha questão do primeiro semestre e de tantos outros semestres anteriores, de outros tantos alunos de arquitectura...

A beleza está nas coisas, nos objectos ou nos olhos de quem vê?

Não importa a resposta. Não importa tecer grandes teorias acerca da questão. Dificilmente, sairíamos da estaca zero.

O que importa é que a beleza atrai.
E onde é que podemos encontrá-la? No dia-a-dia, nos outros, em nós mesmos, na nossa santidade...

Alguém disse algo do género: "Primeiro, desfaçamos os mitos da santidade. Toquem em quem está ao vosso lado, podem até beliscar. Como vêem os santos são de carne e osso!! Outro mito é que os santos não têm super-poderes."

Leva-me a pensar em situações do quotidiano. Quantas vezes me cruzo com santos por aí? Pelo menos, dou graças pelos que reconheço como sendo santos na minha vida...

Outras questões se levantam aquando desta. Tem me detido o seguinte pensamento: "A Santidade, tal como o diário gráfico, apesar de intíma, é uma extensão do meu corpo". Como é que eu pratico a santidade? É algo, realmente, extensível a mim mesma? Terá repercursões?

Como ser santo sem deixar de ser jovem?
Praticando o que nos atrai? Ou seja, sorrindo, abraçando, apalermando?
Não se prenderá ainda com uma questão de disponibilidade e alegria? Nomeadamente, no serviço.

Além de dar graças a Deus por me mostrar um caminho de santidade, peço-Lhe que me dê alegria para servir sempre com um sorriso, peço-Lhe que me dê dispinibilidade, especialmente interior, para aspirar um pouquinho mais a esta santidade a que Ele me chama.

Portanto, sede santos como o vosso Pai é Santo. E, já agora, servi com alegria.


[Nome do Santo: Lili Nabais
Localização: Bem próximo]

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Amor, gera mais Amor...
Amor, gera Vida!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A Casa das nossas histórias

Existe uma Casa... A Casa das nossas histórias. Nesta Casa, aprendi e onde continuo a aprender a ser alguém mais orante, alguém de Deus no mundo dos Homens.
Posso resumir as nossas histórias a uma palavra. Entrega.
No entanto, as nossas histórias não ficam fechadas naquela Casa. Tomam os mesmos trilhos que nós e acabam por se ir cruzando no dia-a-dia.
Os vossos posts, as vossas mensagens, os vossos mimos são exemplo desses caminhos que se cruzam e me ajudam em oração. Dessa forma, decidi deixar-vos um post especial, espero que também vos ajude:

**AMO-VOS**

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Muito Obrigado

ConTigo nada faltará
Sou tão feliz
Na minha vida há um céu
Que és Tu, Divino Amor

Muito obrigado, meu Senhor
Já somos dois a caminhar
Na Tua paz, no Teu amor,
Na abundância de Ti

Nesta alegria de partir
Vai Deus também
Na minha alma a sorrir
O Amor de quem quer bem


Sim, conTigo nada faltará :')

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

"Há[via] um poço"... em cada um de nós!

"Um homem dirigiu-se a um convento de clausura, isto é, um convento onde se vive longe do ruído da cidade e num silêncio desejado. Perguntou a um desses monges:
- Que aprendeis vós com a vossa vida de silêncio?
O monge estava a tirar água de um poço. Disse ao seu visitante:
- Olha para o fundo do poço. Que vês lá dentro?
O homem olhou para dentro e disse:
- Não vejo nada.
O monge ficou algum tempo sem se mover e no final disse ao visitante:
- Contempla agora. Que vês no fundo do poço?
O homem obedeceu e respondeu:
- Agora vejo-me a mim próprio; espelho-me na água.
O monge concluiu:
- Vês? Quando eu mergulho o balde, a água fica agitada. Agora, pelo contrário, está tranquila. É esta a experiência do silêncio: o homem vê-se a si próprio."


Dentro de nós temos, muitas vezes, águas agitadas, acontecimentos vividos, preocupações sobre o dia de amanhã provocam-nos tensão, tiram-nos a calma, a serenidade, a paz. Tudo isto é ruído interior, é falta de silêncio.
Por que não autoconvidarmo-nos a manter dentro de nós "as águas calmas"? Enquanto não fizermos a experiência de um silêncio interior e exterior, não podemos colocar-nos, imediatamente, na presença de nós próprios.
Quando estou com "eles", em muitos dos momentos de silêncio, vou até ao poço, no jardim. Já aprendi lá algumas lições. Sempre que lá vou e olho, vejo-me reflectida. Habitualmente, a água não está agitada e é possível ver quem sou. É possível sentir-me livre. É possível querer atirar-me para aquele poço, só para ir ao mais fundo de mim, só para conhecer quem sou, só parar saber quais são as minhas verdadeiras aspirações. E, uma vez mergulhada, sentir-me saciada desta Sede e da água viva.

Dá-me sede. Sede de Ti, sede do Teu querer, sede do Teu amor.
Faz-me querer mergulhar na Tua água libertadora. Faz-me querer emergir na Tua luz e no Teu caminho.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Já sou grande, já não tenho dentes de leite!! :P

Isto de ir ao dentista deixa-me a pensar...

Primeiro, deixa-me a pensar que odeio dentistas :S

E depois, faz-me pensar e recordar as histórias que ouvia enquanto frequentava a escola primária. Histórias com um coelho dentista, o Doutor Dentolas, que nos ensinava como lavar os dentes, que nos mostrava os perigos a que os dentes ficavam expostos quando os 'bichinhos' se alojavam na nossa boca devido aos açúcares e todo o resto...

A questão do açúcar é, realmente, importante. Não só para os dentes, mas também para a vida.

Esta semana recebi um mail com uma história mesmo gira, fiquei tipo UAU!, porque nunca tinha pensado na questão, naquela perspectiva.

Contava a história que uma professora tinha perguntado aos pequenos alunos, durante uma aula, quem era Jesus. Uma aluna respondeu que Jesus era o Pai de todos. Perante a resposta, a professora, curiosa, quis ir mais longe e perguntou-lhes porque é que eles acreditavam em Jesus se nunca o tinham visto. Então, um dos meninos respondeu que era como o açúcar no leite. Ele não via o açúcar, mas sabia que ele estava lá a adoçar o seu leite. Assim era com Jesus. Não O via, mas era isso que adoçava a sua vida.

Durante muitos anos não suportava beber leite simples ou "leite branco", como eu dizia. Quando havia qualquer coisa que o adoçasse era muito melhor. Nessa altura, também não suportava (e ainda não suporto!) leite branco com açúcar. Nessa altura, o "Jesus" do meu leite era chocolate e também chegou a ser gelatina. Entretanto, habituei-me ao leite simples, mas só gelado, acabado de sair do frigorífico!!

Analisando a presença de Jesus na minha vida à luz desta analogia, também funciona um pouquinho assim. Umas vezes, pela oração e através dos outros, Ele adoça mais a minha vida. Outras vezes, as coisas têm menos sabor. Nessas alturas, sei que não vivo a partir d'Ele, com Ele e para Ele. Sinto que tudo é mais amargo, que o caminho não sabe tão bem, não é docinho...

Em relação aos dentes, obviamente, que é preciso preocuparmo-nos com o açúcar por causa das cáries e assim. Na nossa vida, a preocupação não passa tanto por Quem a adoça. Passa por manter próximo esse Doce. Passa por mantermos a nossa vida próxima da verdade desse Doce, porque só esse Doce liberta.

E sim! Já sou grande, agora já não tenho dentes de leite!! :P

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Torna-te aquilo que és (James Martin, SJ)

Excertos do livro "Torna-te aquilo que és", de James Martin, SJ.

«Para mim, ser santo, significa ser quem sou (...) a questão de descobrir quem sou e de descobrir o meu verdadeiro eu» (Thomas Merton, em Novas Sementes de Contemplação)

Quem é que tu queres ser?

O seu rosto parecia dizer-me: «Olha, eu sou feliz.»

«Porque havemos nós de passar a nossa vida a lutar por ser alguma coisa que nunca quereríamos ser, se porventura pudéssemos saber aquilo que realmente queremos? Porque havemos de desperdiçar o nosso tempo a fazer coisas que, se parássemos um pouco para pensar nelas, são precisamente o oposto daquilo para que fomos feitos?»

Andarmos a lutar por ser alguma coisa que nunca quereríamos ser quando «Nós só podemos tornar-nos quem somos se nos conhecermos a nós mesmos.»

«Antes de chegarmos a conhecer o verdadeiro eu, temos de nos confrontar com o falso eu que, habitualmente, passámos toda a nossa vida a construir e a alimentar.»

Este «falso eu», nada mais é que a pessoa que desejamos apresentar ao mundo. Uma máscara.

«No entanto, eu criara, ao longo de muitos anos, aquela personagem, aquele outro eu, que em meu entender, seria capaz de agradar a toda a gente (...) Esse falso eu tinha certezas acerca de tudo.»

«O nosso falso eu é aquele que nós julgamos ser. É a nossa imagem pessoal e a nossa aceitação social imaginárias, à qual a maior parte das pessoas passa a vida inteira a tentar corresponder - ou da qual passa a vida a tentar libertar-se.»

«Descoberta de mim mesmo ao descobrir Deus. Se eu O encontrar, encontrar-me-ei a mim mesmo, e se eu encontrar o meu verdadeiro eu, também encontrarei Deus». Por outras palavras, Deus quer que nós sejamos as pessoas para que fomos criadas: ser pura e simplesmente aquilo que somos, e, nesse estado, amar a Deus e deixarmo-nos amar por Ele. Trata-se, na verdade, de uma caminhada dupla: encontrar Deus significa deixarmos que Ele nos encontre. E encontrar o nosso verdadeiro eu significa permitir que Deus nos encontre e nos revele o nosso verdadeiro eu.

Ao longo desse processo, vamo-nos descobrindo gradualmente mais cheios de amor e generosidade, acreditando também que o próprio desejo de o fazer vem de Deus.
As nossas personalidades não vão sendo erradicadas à medida que vão sendo preenchidas; pelo contrário, vão-se tornando mais reais e, por fim, mais santas.

«Depois de termos aprendido a viver com o nosso verdadeiro eu, nunca mais conseguimos voltar a satisfazer-nos com a nossa falsa identidade: esta parece-nos completamente disparatada e superficial.»

Quem devo ser eu, afinal? Qual é o meu verdadeiro eu?
A busca do verdadeiro eu faz parte da tentativa de deixar que Deus nos conheça tal como somos.

Não preciso de ser ninguém, além de mim.

A vida de cada um é uma medida cheia de graças e bênçãos, bem como lutas e desafios.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Parábola dos Talentos

Mt 25, 14-30
«Será também como um homem que, ao partir para fora, chamou os servos e confiou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada qual conforme a sua capacidade; e depois partiu.
Aquele que recebeu cinco talentos negociou com eles e ganhou outros cinco. Da mesma forma, aquele que recebeu dois ganhou outros dois. Mas aquele que apenas recebeu um foi fazer um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.
Passado muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e pediu-lhes contas. Aquele que tinha recebido cinco talentos aproximou-se e entregou-lhe outros cinco, dizendo: ‘Senhor, confiaste-me cinco talentos; aqui estão outros cinco que eu ganhei.’ O senhor disse-lhe: ‘Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.’
Veio, em seguida, o que tinha recebido dois talentos: ‘Senhor, disse ele, confiaste-me dois talentos; aqui estão outros dois que eu ganhei.’ O senhor disse-lhe: ‘Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.’
Veio, finalmente, o que tinha recebido um só talento: ‘Senhor, disse ele, sempre te conheci como homem duro, que ceifas onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste. Por isso, com medo, fui esconder o teu talento na terra. Aqui está o que te pertence.’ O senhor respondeu-lhe: ‘Servo mau e preguiçoso! Sabias que eu ceifo onde não semeei e recolho onde não espalhei. Pois bem, devias ter levado o meu dinheiro aos banqueiros e, no meu regresso, teria levantado o meu dinheiro com juros.’ ‘Tirai-lhe, pois, o talento, e dai-o ao que tem dez talentos. Porque ao que tem será dado e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. A esse servo inútil, lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.’»



Aconselharam-me a procurá-la, a propósito do post "More Coke - One Time Blind", acerca do que escrevi sobre a vontade de Deus para cada um de nós.
Talvez a Sua vontade seja que sejamos capazes de pôr a render os nossos talentos... Talvez a Sua vontade seja, como ouvi há dias "O Mandamento Novo", «Amai-vos uns aos outros como eu vos amei»...
Como isto é difícil, bolas... Como é difícil amar sem limite, como é difícil amar a cruz, como é difícil descobrir quais são os nossos talentos, como é difícil saber como pô-los a render!! E como é tão mais fácil querer 500ml, quando Deus escolhe dar-nos apenas 240...

"Senhor, eis-me aqui, fazei de mim o que quiserdes" (Ana Maria Javouhey)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

"Dá-me dessa água"... Facilita lá as coisinhas!

Jo 4

Diálogo com a Samaritana
Quando Jesus soube que chegara aos ouvidos dos fariseus que Ele conseguia mais discípulos e baptizava mais do que João, embora não fosse o próprio Jesus a baptizar, mas sim os seus discípulos, deixou a Judeia e voltou para a Galileia.
Tinha de atravessar a Samaria. Chegou, pois, a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, perto do terreno que Jacob tinha dado ao seu filho José. Ficava ali o poço de Jacob. Então Jesus, cansado da caminhada, sentou-se, sem mais, na borda do poço. Era por volta do meio-dia.
Entretanto, chegou certa mulher samaritana para tirar água. Disse-lhe Jesus: «Dá-me de beber». Os seus discípulos tinham ido à cidade comprar alimentos. Disse-lhe então a samaritana: «Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber a mim que sou samaritana?» É que os judeus não se dão bem com os samaritanos. Respondeu-lhe Jesus: «Se conhecesses o dom que Deus tem para dar e quem é que te diz: ‘dá-me de beber’, tu é que lhe pedirias, e Ele havia de dar-te água viva!»
Disse-lhe a mulher: «Senhor, não tens sequer um balde e o poço é fundo... Onde consegues, então, a água viva? Porventura és mais do que o nosso patriarca Jacob, que nos deu este poço donde beberam ele, os seus filhos e os seus rebanhos?»
Replicou-lhe Jesus: «Todo aquele que bebe desta água voltará a ter sede; mas, quem beber da água que Eu lhe der, nunca mais terá sede: a água que Eu lhe der há-de tornar-se nele em fonte de água que dá a vida eterna.»
Disse-lhe a mulher: «Senhor, dá-me dessa água, para eu não ter sede, nem ter de vir cá tirá-la.» Respondeu-lhe Jesus: «Vai, chama o teu marido e volta cá.» A mulher retorquiu-lhe: «Eu não tenho marido.»
Declarou-lhe Jesus: «Disseste bem: ‘não tenho marido’, pois tiveste cinco e o que tens agora não é teu marido. Nisto falaste verdade.»
Disse-lhe a mulher: «Senhor, vejo que és um profeta! Os nossos antepassados adoraram a Deus neste monte, e vós dizeis que o lugar onde se deve adorar está em Jerusalém.»
Jesus declarou-lhe: «Mulher, acredita em mim: chegou a hora em que, nem neste monte, nem em Jerusalém, haveis de adorar o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus. Mas chega a hora - e é já - em que os verdadeiros adoradores hão-de adorar o Pai em espírito e verdade, pois são assim os adoradores que o Pai pretende. Deus é espírito; por isso, os que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade.» Disse-lhe a mulher: «Eu sei que o Messias, que é chamado Cristo, está para vir. Quando vier, há-de fazer-nos saber todas as coisas.» Jesus respondeu-lhe: «Sou Eu, que estou a falar contigo.»
Nisto chegaram os seus discípulos e ficaram admirados de Ele estar a falar com uma mulher. Mas nenhum perguntou: ‘Que procuras?’, ou: ‘De que estás a falar com ela?’
Então a mulher deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àquela gente: «Eia! Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz! Não será Ele o Messias?» Eles saíram da cidade e foram ter com Jesus.
Entretanto, os discípulos insistiam com Ele, dizendo: «Rabi, come.» Mas Ele disse-lhes: «Eu tenho um alimento para comer, que vós não conheceis.» Então os discípulos começaram a dizer entre si: «Será que alguém lhe trouxe de comer?»
Declarou-lhes Jesus: «O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e consumar a sua obra. Não dizeis vós: ‘Mais quatro meses e vem a ceifa’? Pois Eu digo-vos: Levantai os olhos e vede os campos que estão doirados para a ceifa. Já o ceifeiro recebe o seu salário e recolhe o fruto em ordem à vida eterna, de modo que se alegram ao mesmo tempo aquele que semeia e o que ceifa. Nisto, porém, é verdadeiro o ditado: ‘um é o que semeia e outro o que ceifa’. Porque Eu enviei-vos a ceifar o que não trabalhastes; outros se cansaram a trabalhar, e vós ficastes com o proveito da sua fadiga.»
Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram nele devido às palavras da mulher, que testemunhava: «Ele disse-me tudo o que eu fiz.» Por isso, quando os samaritanos foram ter com Jesus, começaram a pedir-lhe que ficasse com eles.
E ficou lá dois dias. Então muitos mais acreditaram nele por causa da sua pregação, e diziam à mulher: «Já não é pelas tuas palavras que acreditamos; nós próprios ouvimos e sabemos que Ele é verdadeiramente o Salvador do mundo.»


Cruzei-me, hoje, com a parábola da Samaritana. Hoje, mostrou-me que Jesus tem sede da nossa sede Dele. Mostrou-me que Ele tem sede de nós. No entanto, se o conhecermos é Ele que nos mata a sede. Quando bebemos da Palavra de Deus, que é o próprio Filho, Jesus Cristo, quando bebemos dessa fonte, tornamo-nos também fonte.
Pegando um pouquinho nas palavras da Samaritana: "Dá-me dessa água", pergunto-me "Quantas vezes não faço isto? Quantas vezes não penso «Senhor, facilita lá as coisinhas!»? E quantas vezes tenho coragem de acrescentar «Mas faça-se a Tua vontade e não a minha»?
Jesus obriga-me a confrontar com a minha verdade, com a minha história, tal como confrontou a Samaritana. Obriga-me a reconhecer as minhas fraquezas. Porque mantenho a necessidade de justificar as minhas más acções perante Deus, se a Ele só interessa a verdade?
Jesus diz-nos ainda: "Vós adorais o que não conheceis". Como se mantêm actuais estas palavras. Quantas coisas adoro que não conheço? Sinto que com Deus é diferente. Em Deus, há a sede de conhecer. E quanto mais conheço, mais adoro e, quanto mais adoro, mais quero conhecer!
A mulher encontrou a fonte e transformou-se em fonte, anunciando-a. Dá-me, Senhor, sede de Ti, para que me transforme em fonte e leve a água viva aos Homens de hoje. Permite que me abandone, humildemente, nos Teus braços como criança e, assim, possa ser saciada da Tua verdade e do Teu amor.