quarta-feira, 5 de maio de 2010

Matrioskas & Humanos




Esta semana pensei e falei de Matrioskas.
As Matrioskas são bonecas tipicamente russas, estas são feitas de madeira e foram oferecidas à minha mãe por uma amiga, que as trouxe de uma viagem à Polónia.
Mas nestas Matrioskas eu vejo mais do que uma simples recordação, ou do que um gesto de amizade.
Eu posso compará-las aos seres humanos. Crescem fisicamente e ao crescerem evoluem da sua decoração simples, que eu interpreto como sabedoria, até uma decoração mais completa, cuidada e pormenorizada. Também o ser humano cresce, transforma-se em algo maior, mais completo, mais inteligente. Neste crescimento o Homem apura-se a si próprio, lima arestas, estabelece objectivos, traça metas e corresponde a valores, mas para isso deve abrir o seu coração, sem julgar o próximo, lembrando-se que de cada vez que aponta o dedo a alguém tem outros quatro apontados para si, deve mostrar-se sem medos, sem máscaras, mesmo que para cumprir os seus objectivos seja necessário sair do conforto e procurar respostas, as quais parece muitas vezes temer.
Mais uma vez, as Matrioskas assemelham-se à condição humana, abrem-se, mostram-se, transparecem o que está dentro delas, o que querem dar a conhecer ao mundo, e por mais insignificante que possa ser, pode fazer uma grande diferença na conversão do olhar de quem as contempla.

E depois voltei a pensar.

Eu tenho de ser assim. Mostrar-me, sem medos.

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